Maison Sirino wine

Produtor

Gaspard Brochet

Na pequena vila de Ecueil, localizada na sub-região da Petite

Montagne de Reims, Gaspard Brochet deu início a um projeto ousado em 2017: assumir parte do domaine de seu pai e transformar uma garagem ao lado da casa da família em sua adega. Embora siga os passos do pai, que produzia sob o rótulo Vincent Brochet, Gaspard logo imprimiu em seus Champagnes uma identidade única e autoral, ascendendo rapidamente a uma posição de destaque na região,

sendo atualmente um dos produtores mais procurados e cultuados de Champagne.

Seus 3,2 hectares de vinhedos, localizados entre Ecueil, Villers-aux-Noeuds e Sacy, são impressionantes, com algumas parcelas que datam das décadas de 1950 e 1960. Uma dessas parcelas nunca foi cultivada com fertilizantes ou herbicidas.

Desde a safra de 2022, toda a gestão agrícola é conduzida de forma biodinâmica, reforçando o compromisso de Gaspard com a preservação do terroir. Além disso, ele produz seu próprio fertilizante a partir de diferentes fungos e materiais naturais para promover a vida microbiana no solo. Em sua maioria, seus vinhos refletem parcelas únicas e uma única safra.

O que torna seu trabalho tão especial é a ausência de fórmulas preestabelecidas. Sem formação formal em enologia, Gaspard desenvolveu seu estilo singular por meio de experimentação, intuição e um processo contínuo de tentativa e erro. Um aspecto singular do seu processo é o uso significativo de madeira nova, algo incomum na região. Essa escolha, no entanto, não se traduz em sabores dominantes devido ao

uso de barricas neutras, mas garante maior controle sobre o processo de vinificação.

Além disso, durante o período de maturação, ele não realiza a prática de completagem, permitindo que os vinhos interajam com o oxigênio, o que resulta em uma complexidade notável e uma incrível capacidade de evolução ao longo do tempo.

A colheita é feita com uvas bem maduras, utilizando uma prensa tradicional de 4.000 kg. O ciclo de prensagem varia conforme a safra, a variedade e o vinhedo. Para Gaspard cada cuvée é única, e possui as suas peculiaridades e necessidades próprias, que a cada ano ele tenta entender e sentir, para extrair o melhor de cada um. Após um breve repouso em tanques

de aço inox, o mosto é transferido diretamente para barris de diferentes tamanhos, onde fermenta espontaneamente.

Na adega, o ambiente é extremamente frio, e a fermentação malolática raramente ocorre. Gaspard adota a bâtonnage conforme a necessidade de cada vinho, guiando-se pela intuição. O engarrafamento ocorre no final do verão, com a ajuda do calendário lunar, e todas as garrafas são fechadas com rolha e agrafe, o que resulta em uma pressão atmosférica ligeiramente menor. Após 24 meses é realizado o degorgement e os champagnes são liberados no mercado.

A relação de Gaspard com o vinho vai além do paladar. Com um passado artístico, ele aplica sua criatividade tanto na elaboração dos rótulos quanto na filosofia por trás de cada cuvée. As etiquetas, que ele cria em parceria com o ilustrador Kevin KDT, são representações visuais que contam histórias — desde animais com significados simbólicos até homenagens às adversidades enfrentadas em safras desafiadoras, como 2021. O termo “Tome” nos rótulos refere-se ao número de edições de cada vinho.

As cuvées ‘333’ são vinhos não safrados que recebem esse nome por combinarem três variedades – Pinot Noir, Chardonnay e Meunier – provenientes de três vilarejos – Ecueil, Villers-aux- Noeuds e Sacy – e três safras distintas. Os rótulos dessa série apresentam ilustrações que homenageiam pessoas marcantes na vida de Gaspard, revelando a conexão pessoal e o significado profundo que ele imprime em seu trabalho.

Já os três primeiros vinhos engarrafados com rótulos de animais foram a Gralha (Pie), o Burro (Âne) e o Leão. Segundo Gaspard: “Quando você bebe demais, fala como uma gralha, pode agir como um burro e se torna corajoso como um leão.”

A Gralha é um Chardonnay proveniente de Les Près Mousseux, em Ecueil, plantado em 1989. O Leão é um Pinot Noir de Le Mont Benoit, em Villers-aux-Noeuds, plantado em 1985. O Burro é uma combinação de metade Chardonnay e metade Pinot Noir, de duas parcelas em Ecueil chamadas Les Plantes e Les Beaux Bras, co-fermentadas e envelhecidas em pequenas barricas.

A raposa (Reynard), Champagne nomeado em homenagem ao pai de Gaspard, vem de suas vinhas mais antigas em Ecueil,
na parcela Les Croix de Bas. A Ovelha (Mouton) é um rosé, originário de uma parcela chamada “La Montagne,” de Meunier plantada em 1994. Já o Porco (Cochon) é um Pinot Noir de Sacy, de uma parcela chamada Les Eaux Belles, plantada em 1988.

De forma singular, como ele não produziu “cuvées parcellaires” na safra de 2021, os rótulos dos blends apresentam ilustrações de uvas e cachos marcados pela intensa pressão de doenças enfrentada nessa safra. Eles são uma homenagem às antigas litografias botânicas e possuem uma beleza única.

Temos orgulho de representar as poucas garrafas (8.000 para o mundo todo!) deste astro em ascensão de Montagne de Reims.

Desde a safra de 2022, toda a gestão agrícola é conduzida de forma biodinâmica, reforçando o compromisso de Gaspard com a preservação do terroir. Além disso, ele produz seu próprio fertilizante a partir de diferentes fungos e materiais naturais para promover a vida microbiana no solo. Em sua maioria, seus vinhos refletem parcelas únicas e uma única safra.

O que torna seu trabalho tão especial é a ausência de fórmulas preestabelecidas. Sem formação formal em enologia, Gaspard desenvolveu seu estilo singular por meio de experimentação, intuição e um processo contínuo de tentativa e erro. Um aspecto singular do seu processo é o uso significativo de madeira nova, algo incomum na região. Essa escolha, no entanto, não se traduz em sabores dominantes devido ao

uso de barricas neutras, mas garante maior controle sobre o processo de vinificação.

Vinhos

Gaspard Brochet